segunda-feira, 24 de agosto de 2015

arcadismo- exercícios 1ºano



Atividades
O texto abaixo é um típico poema árcade, da autoria de Manuel Maria Barbosa du Bocage. Leia-o e responda às perguntas a seguir:


Convite à Marília



Já se afastou de nós o Inverno agreste
Envolto nos seus úmidos vapores;
A fértil Primavera, a mãe das flores
O prado ameno de boninas veste:

Varrendo os ares o sutil nordeste
Os torna azuis; as aves de mil cores
Adejam entre Zéfiros, e Amores,
E toma o fresco Tejo a cor celeste:

Vem, ó Marília, vem lograr comigo
Destes alegres campos a beleza,
Destas copadas árvores o abrigo:

Deixa louvar da corte a vã grandeza:
Quanto me agrada mais estar contigo
Notando as perfeições da Natureza!


Vocabulário:
Boninas: tipo de flor.
Nordeste: vento que sopra do nordeste.
Adejam: voam.
Lograr: gozar, desfrutar.



1) O poema pode ser dividido em duas partes.
a. Quais estrofes compõem essas partes e o que é apresentado em cada uma delas?

b. Há pelo menos dois temas árcades principais que são desenvolvidos em cada uma das partes do poema. Diga quais são eles e exemplifique citando passagens do texto.


3) Releia a última estrofe do poema e responda:
a. Quais são os dois cenários opostos pelo eu lírico e como eles são caracterizados?

b. Que outro tema árcade é desenvolvido a partir dessa oposição?
II- Leia, atentamente, os versos a seguir e aponte as características árcades presentes neles:

a) “Façamos, sim, façamos doce amada,
Os nossos breves dias mais ditosos.”

b) “Aproveite-se o tempo, antes que faça
O estrago de roubar ao corpo as forças,
E ao semblante a graça!”


Quem deixa o trato pastoril, amado
por
Cláudio Manuel da Costa




Quem deixa o trato pastoril, amado
Pela ingrata, civil correspondência,
Ou desconhece o rosto da violência,
Ou do retiro a paz não tem provado.

Que bem é ver nos campos transladado
No gênio do pastor, o da inocência!
E que mal é no trato, e na aparência
Ver sempre o cortesão dissimulado!

Ali respira amor sinceridade;
Aqui sempre a traição seu rosto encobre;
Um só trata a mentira, outro a verdade.

Ali não há fortuna, que soçobre;
Aqui quanto se observa, é variedade:
Oh ventura do rico! Oh bem do pobre!
III- O poema acima relaciona, por meio de antíteses, dois lu­gares. Dê duas características opositivas desses lugares.

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